Vou renunciar
Os invernosos dias que em mim passaram
O nada, pós não merece o meu sorriso.
Vou renunciar
O que mais não posso ser
Renunciar o que plantei com os meus olhos
Renunciar o meu próprio sonho!
Quem diria!
Vou renunciar
Me não vai ser fácil
Me vai arrancar aiwes tristes
E trazer de volta as noites de insónias!
Vou renunciar
Hoje, para mim tudo passa na dor
Não sei fazer nada no silencio,
Falarei o quanto posso
Não punirei a minha boca
Falarei na liberdade da minha voz,
Chorarei se me for certo
Cantarei se for melódico,
E lamentarei se me for consolador
Vou renunciar
Mas não me esquecerei
Que eu sou um milagre dos milagres
Pela razão de viver a vida na abundante tristeza!
É pena que não é eterna,
Ela acaba,
Acaba como as ervas verdes do campo!
Nasce num dia e noutro pela força sol perece,
Sem rastos!
Vou renunciar
O universo de beijos que trocamos na primavera,
A chuva de carícias no Inverno!...
Tudo por nada vou renunciar...
Vou renunciar!... «KILON, O PROFETA»