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AS LÁGRIMAS DA MINHA GENTE
AS LÁGRIMAS DA MINHA GENTE

 

 

 

Oh! Oh! Oh!...Ó minha gente

Se os seus dias passam como vento

E se consomem sem luz verde

 

Hum! Ah! Quando é que te vão secar

Estas lágrimas tímidas e frias de amor,

Assim sem brilho, não dá!

Quando é que os seu lábios murchos  

Vão ganhar a brisa da felicidade

Ou sorrir um pouco para o nada...

 

Ó minha gente,

Vou te contar um manso segredo:

No país de ninguém, onde eu sou condenado a viver...

As águas sempre tomam o mesmo leito,

Então, porque razão se entristecer tristemente?!

Aiwe! O passado já é passado?! Que sabe, vem...

 

No dia das ideias restauradas,

Como eu gostaria falar!

Ou vociferar para tudo quanto é nada,

No alto de uma praça publica

E despertar o silêncio que vive no seu olhar,

E proclamar a paz, a liberdade e o altruísmo!

 

Como eu desejaria rugir como um leão,

Dar um susto ao silêncio

E acabar com a sua lembrança até às cinzas...

 

Dos inconsoláveis olhos dos meus amados

Onde o medo mora e fartura eternamente,

Onde a dor e sua amiga aflição fazem a festa,

Onde os haka, haka e os mamawes,

São soltos para os ares, farei justiça...

Enxugarei estas lágrimas com celeiro de dores!

Enxugar-te-ei, ó minha gente!... «KILON, O PROFETA»