Quianda dorme no silêncio da sua injustiça!
No verão, nos seus olhos lia-se chuva,
As nuvens tímidas tentavam enganar o sol,
Mas o sol com muita força se libertava
O rei reinou quase todo dia
E tudo estava sorrindo de paz!
Acorda Quianada os seus filhos perecem!
São Pedro libertou o dilúvio dos céus!...
No cair da noite daqueles dias sombrios,
O dia se entristeceu outra vez,
O sol meteu-se em fuga
A chuva tomou o império
As ervas verdes do campo
Ou tudo que respirava verde
Neles caiu uma tempestade de alegria
Porque era o símbolo de vida!...
Acorda Quianada, os seus filhos perecem!
São Paulo libertou o abismo dos céus!...
Mas os corações dos seus filhos ribombou,
Porque só lhes fazia lembrar aiwes!
Os aiwes mal cicatrizados...
A paz sumiu, já não era canção melódica,
O pânico se avivou
E a dor nos seus olhos, já era vida,
Vida em forma de lágrimas secas!
Acorda Quianda, os seus filhos perecem!
Noé se faz presente...
Eles deviam edificar as suas ideias sobre as rochas
Única forma de evitar as cinzas...
Acorda Quianada, os seu filhos perecem
Os anjos estão a chorar!...
Os aiwes voltaram nos lábios dos seus amados,
O pranto rasgou os corações
E consumiu lentamente as órbitas dos seus olhos
Quem poderá enxugar
Estas lágrimas que correm diluvianamente!..
Ai! Ai! Ai! Acorda Quianda!
Os seus filhos perecem!...«KILON, O PROFETA»