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O POEMA DISPERSO
O POEMA DISPERSO

 

Abra os teus olhos famintos  

Consuma os pedaços deste poema,

Os seus versos se avivarão

E em ti farão uma morada eterna...

 

Quando um dia partires,

Não te demores,

Faça dele a tua razão de viver

Não te fartes dele, lê-o em cada dia que passares

 

No cair da noite, cante-o

Com as aves, grilos e cigarras

Cante-o no ritmo do som do batuque...

 

As aves vão anunciar a liberdade,

Tu vaguearás pelos campos da minha paixão

Como uma borboleta do campo!... «KILON, O PROFETA»