Ainda lembro-me
Dos seus beijos tímidos
E tristes, entristecidos nos meus lábios
Secos e abundantes em saudades...
Lembro-me e ainda lembro-me
Daquela noite que a minha lembrança recusa delir,
Noite de primavera
Onde sorrimos como flores
E piavamos como as aves dos céus
Contemplávamos e rendíamos homenagem
À liberdade que em nós reinava!...
Lembro-me das cosas
E não dos dias passados!
Lembro-me da verdade
Quando nos afogamos nos rios de alegrias!
Ainda lembro-me
Do dia em que os meu olhos
Consumiram as primícias da sua beleza
Afinal a sua beleza se parecia com a dos anjos,
E enfeitiçou a minha vadia paixão...
Lembro-me dos seus olhos contemplantes de amor
Lembro-me
Daquele verão
Onde as ondas oceânicas assistiam
Ao espectáculo do nosso florescente amor
E dos nossos roubos de beijos,
Lembro-me daquele dia como hoje...
Lembro-me
Dos seus abraço ternos
E tímidos como os seus beijos,
Mas com cheiro de afecto eterno
Lembro-me
De tudo... mas não quero falar de dores!...«KILON, O PROFETA»