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Ó MINHA NEGRA
Ó MINHA NEGRA

 

Ah! O dilúvio de saudades não me levou,

Caminhei no deserto do amor,

Dia e noite, faminto de ti

Como se abundou em mim,

Ó minha doce amada!

 

Nos meus poucos dias te busco,

Mas não te acho,

A dor de solidão em mim floresce

Floresce como as ervas tristes do campo

Como me acamo de patologias

Patologias que queimam a minha alma

 

Na estação do olhar do seu coração

Quem sou eu?

Uma flor alegre na primavera

Ou uma cachoeira refrescante no inferno de verão!?

Mas quem sou eu?

Um lírio amarelado de tristeza no Outono!

Ou um abraço longo no silêncio de Inverno

Afinal quem sou eu? Eu de verdade!...

 

Nos meus sonhos, a sua beleza nascendo

Como uma estrela no paraíso

Resplandece como uma deusa celeste!

 

A minha alma vagueia vagabundamente

Nos céus de esperanças vazias,

E vê tudo a passar como vento... «KILON, O PROFETA»